Reflexão
Durante minha caminhada costumeira, estando
mais descontraído e um pouco desligado das atribuições da rotina diária, dando
asas aos meus pensamentos, passei a analisar a vida a partir do seguinte
aspecto:
- Já que somos criaturas cujo espírito é
imortal, onde estaremos daqui a cem anos? Que lembranças teremos dos tempos de
agora? Que terá sido dos amigos, familiares e parentes que compartilham nosso
dia-a-dia de hoje? Estarão conosco? E aqueles que hoje consideramos “a pedra em
nosso sapato”, onde estarão?
Não temos dúvidas de que o ensinamento que
diz que tudo que se planta, se colhe, é uma realidade, e também que os bens
materiais que conseguimos acumular (imóveis, jóias, dinheiro, etc.) têm
importância significativa, mas apenas para o nosso usufruto aqui no planeta; e
que a riqueza que realmente possuímos e que levamos conosco para o novo plano
na eternidade, são as qualidades que temos, boas ou más.
Assim sendo, nos convém que aperfeiçoemos
as boas qualidades, os valores morais como a humildade, a brandura, a
benevolência, a indulgência, a honestidade, o amor ao próximo, etc. e também
que comecemos a entender essa necessidade do desapego aos bens materiais, que
não significa jogar tudo pelos ares coisas que conseguimos com sacrifícios, mas
sim, que são coisas que temos como um empréstimo do criador e que deverão ficar
para o usufruto das novas gerações, que não devemos levar conosco preocupações
em relação ao destino desses bens terrenos que deixamos. Todos estes valores constituem
a condição propulsora da elevação da alma.
Aprendemos também que, na hora da prestação
de contas, que irá apurar nosso saldo positivo ou negativo diante da vida, não
nos será perguntado se aqui na terra fomos “diplomatas ou operários”, se fomos
ricos ou pobres, porque todos nós temos provações específicas nas diversas
áreas de atividades, que fazem parte da jornada evolutiva de cada um... Mas, sim,
nos será perguntado o que fizemos de bom, no meio em que fomos colocados para
viver.
Se assim for, estaremos bem se tivermos
aplicado nosso tempo no trabalho honesto, em obras e ações positivas, se nos
melhoramos moralmente... E teremos em nossa companhia no novo plano de vida as
pessoas que têm afinidade conosco, ou seja, aqueles imbuídos das mesmas
virtudes, quer sejam parentes, amigos ou desconhecidos, porque somos espíritos
individualizados.
Caso contrário, estaremos em meio a pessoas
que comungam com nossas idéias levianas, com nosso instinto agressivo, com
nosso orgulho, egoísmo, inveja, etc., porque pela lógica, anjos e demônios não
devem compartilhar o mesmo ambiente.
Assim é que a doutrina espírita nos
esclarece, que vamos poder estar em boa ou má condição, de acordo com a bagagem
que levarmos na travessia para a vida maior.
Conclui-se então que “daqui a cem anos”,
estaremos no lugar que reservarmos para nós hoje. Portanto, agora é a hora de
analisarmos nosso comportamento, nossos atos, e prepararmos nosso lugar para o
futuro.
Pense nisso!
Nelson Nascimento
e-mail:
nelson.nascimento1@yahoo.com.br
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