Atendendo
a programa traçado por nossos Maiores, visitávamos o Centro Espírita Paz e
Amor, a fim de avaliarmos as possibilidades de ampliação de atividade.
Impunha-se,
inicialmente, contato e observação de seu dirigente, senhor Belarmino.
Fomos
encontrá-lo não muito distante, na secretaria, em diálogo com um jovem.
Pois
é, senhor Belarmino, estimaria muito trabalhar aqui, neste Centro. Estou
convencido das verdades espíritas, creio que o que resta é o trabalho por mim e
pela causa.
-
Ótimo, meu filho. O trabalho é que consolida nossa convicção. No entanto, no
momento não tenho onde aproveitar. Volte mais tarde...
Daí
a instantes, Belarmino está a expor a um companheiro de lides.
-
É... Daniel, não é possível. O plano de trabalho é bom, mas não temos gente
para colaborar.
-
Mas, Belarmino, há pouco um jovem estava a oferecer-lhe os préstimos!
-
Daniel, como você é ingênuo. Então você acha que, realmente esses jovens querem
trabalhar? Que nada, isso é fogo de palha.
- Com licença – diz um senhor, aproximando-se. –
Venho de cidade em que estava integrado no serviço doutrinário do Espiritismo.
Em determinado dia da semana, fazia exposições sobre o Evangelho e o
Espiritismo. Também ajudava na tesouraria do Centro, pois sou contador.
Gostaria, assim, de fazer alguma coisa neste Centro. Há meses que já frequento,
quero trabalhar, irmão Belarmino.
- Muito bem, Lúcio, contamos com você. Por hora, no
entanto, nada temos. Como você sabe, já temos os minutos de estudo distribuídos
e o trabalho na tesouraria já vem sendo resolvido por Otávio...
- Quando o senhor tiver qualquer coisa para fazer,
não se esqueça, chame-me. Até logo...
- Belarmino, eis aí mais uma oportunidade para
crescer a equipe de seareiros.
- Qual, Daniel, você tem muito que aprender ainda.
Precisa ter cuidado com essa gente que chega pedindo serviço. O que eles
querem, de fato, é pegar cargo para tomar conta do Centro. Comigo, não! Hei de
cuidar e vigiar sempre nossa Casa de Oração.
O tempo rolou em sua marcha irrefreável.
Novamente, por determinação de nossos Irmãos Maiores,
visitamos a Casa Espírita, colhendo informações a respeito de seu
desenvolvimento no mister de oferecer o Espiritismo, cada vez mais, aos
necessitados.
Estranhamos a porta fechada.
Silêncio absoluto.
Entramos.
Móveis empoeirados.
Defrontamos com o Dirigente Espiritual.
- Belarmino desencarnou há quase um ano.
Por falta de gente e continuidade, também o Centro
desencarnou com ele ...
Hilário Silva
Psicografado em reunião privativa, na cidade de
Lins, em 21/11/1974.
Fonte:
Histórias
e Recados do Mundo Espiritual – Depoimentos e Reflexões
Psicografia
de Aylton Paiva – 2ª edição – Mythos Editora Ltda.
Aylton
Paiva é estudioso da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na
sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).
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