Eles estão aí, entre nós, quando não nós
próprios, e podemos observá-los todos os dias caminhando pelas ruas, cuidando
de seus afazeres, dando respostas às suas responsabilidades pela incumbência
que receberam de fazer o melhor. São pessoas comuns, transportando o fardo
escolhido para dar suprimento às suas próprias necessidades evolutivas. São
estes e também tantos outros indivíduos entregues à ociosidade ou à desarmonia psíquica,
que enfrentam os dissabores de tão angustioso sintoma da aflição.
As aflições fazem parte do estágio de
purificação em que nos encontramos. Essas situações que deparamos pelo caminho,
e que nos atinge em certas ocasiões nos causando sofrimentos se dá em virtude
das nossas imperfeições. Os motivos são diversos: As grandes perdas, a saúde
frágil, a ingratidão, o abandono, a solidão, o remorso, a desilusão, uma
desavença, um desgosto, problemas familiares, insatisfação profissional, etc.
As vezes é possível identificarmos os
semelhantes que passam por estes infortúnios muitas vezes ocultos por aqueles
cuja personalidade não permite que sejam exteriorizados, mas que são
denunciados pelos semblantes transtornados que carregam, podendo assim ser
percebido pela expressão facial que revela a ausência da alegria e da
satisfação de viver.
Quando a vida nos surpreende com provações
inesperadas, é preciso compreender que as situações que nos chegam têm sempre
uma finalidade útil, considerando-se a necessidade do aprimoramento que nos
conduzirá a evolução espiritual, exigindo de nos o aperfeiçoamento das
qualidades ainda carentes de entendimento e assimilação, e quando nos deixam
erosões desastrosas é o momento de buscarmos a serenidade através da resignação
e da fé que estimula à busca de soluções, e ao exercício da paciência.
A solidariedade é um caminho para se
alcançar a superação nessas fases em que todos nós precisamos nos ajudar
reciprocamente: Ao aflito, a necessidade da fé e da humildade que o coloca em
condições de igualdade com outros irmãos, abrindo as portas do coração e
fechando as porteiras do orgulho, induzindo-o à busca e a aceitação da ajuda
necessária à superação. Ao socorrista solidário, o amor e a abnegação no
exercício do auxilio caridoso da atenção, da palavra orientadora e
confortadora, e da ação providencial muitas vezes necessária.
A meu ver a vivência terrena é um período
de aquisições valiosas na área dos sentimentos, cujas aflições servem como
corrigenda, mas também como parâmetro para avaliação das verdadeiras condições
de equilíbrio do espírito, de acordo com o seu potencial de superação.
(Inspirado: No Evangelho Segundo o Espiritismo
– Cap - V)
Nelson Nascimento
e-mail: nelson.nascimento1@yahoo.com.br
Lins-SP
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