Ele
caminhava lentamente pela calçada naquele dia ensolarado.
Suas
vestes esfarrapadas, cabelo e barba crescidos, pés descalços, barriga vazia, destino
incerto, semblante sofrido.
O
olhar sereno deixando transparecer a desilusão, a fixar os transeuntes que se
aproximavam e por ele passavam, como se estivesse à procura de algo que ainda
não encontrara.
Seu
nome? -Talvez não interesse a muitos.
Suas
idéias? -Com certeza serão diferentes
das nossas.
Sua
idade? -Talvez metade do que imaginamos.
Seus
familiares? -Talvez não saiba dizer por
onde andam.
Em
condições lastimáveis, iguais a estes caminheiros que passam por nós
despercebidos em direção ao objetivo maior, que também é o nosso, existem
muitos vitimados pela própria sorte.
Todos
nós sabemos da necessidade de estendermos nossas mãos amigas a esses irmãos,
através do auxilio de qualquer espécie, não como favor, mas sim como nossa
obrigação perante a Divindade, em agradecimento por tudo de bom que temos
recebido.
Visite
um albergue noturno, um asilo, um hospital, converse com alguns destes que lá
se abrigam, ou mesmo na rua; Deixe que lhes contem sobre suas vidas, seus passados;
As alegrias que já tiveram, ou mesmo suas desventuras. Eles se sentirão
valorizados com sua atenção, se sentirão gente, e que ainda têm amigos. Uma
simples visita pode proporcionar a esses irmãos, um maior refazimento que
qualquer medicação.
“OUVIR”,
e dedicar o conforto da palavra amiga, aos menos afortunados, é uma caridade ao
alcance de todos.
Nelson Nascimento
e-mail: nelson.nascimento1@yahoo.com.br
Lins - SP
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Grata pela visita, volte sempre!!!