É sempre oportuno analisarmos as diversas situações que
presenciamos no cotidiano e observações que fazemos dos acontecimentos ao nosso
redor, sempre com o objetivo do aperfeiçoamento individual, comparando
procedimentos adotados, com aprendizado. Assim sendo a crítica tem sido
observada como interessante hábito do ser humano que precisa ser analisada:
Quando maldosa a crítica pode ser identificada de
varias formas, além do conteúdo das palavras, por exemplo: Pela entonação da voz:
enérgica demonstrando prepotência, suposta superioridade, falsa modéstia, e até
um sentimento invejoso, etc. Também pelo sarcasmo com que é proferida: Acompanhada
pelo sorriso irônico, pela mímica, pela expressão facial (aquela cara de
desprezo), por determinados gestos de deboche, etc. atitudes que só fazem
depreciar o criticado. Outras vezes vem acompanhada por certos adjetivos
denegrindo a imagem da pessoa, por exemplo: É um chato de galocha, é um louco
varrido, acha que tem um rei na barriga, etc.
Podemos observar também a existência da critica
maliciosa, quando feita especificamente com aquele sentimento depreciativo de
deboche, considerada como brincadeira (de mau gosto), e que muitas vezes gera
até apelido ao criticado, por exemplo: Quando se critica a fisionomia, o porte
físico, ou a personalidade de alguém.
São comportamentos da parte do crítico, que não condiz
com os ensinamentos edificantes que proporcionam a elevação do espírito, como a
humildade e a caridade para com o semelhante, e que podemos observar tais
comportamentos como sendo a exemplificação das muitas imperfeições que o ser
humano ainda é portador. Saber identificar nos outros atitudes desagradáveis já
é um bom começo para melhorarmos os nossos próprios procedimentos, se passarmos
a aplicar em nós as corrigendas que ainda necessitamos.
A meu ver, assim como o bem que se faça, por menor que
seja tem um grande valor em nossa evolução espiritual, nos ajudando e nos
projetando na rota da purificação dos sentimentos... A crítica destrutiva de
qualquer nível demonstra um estágio de estagnação da personalidade do crítico,
por se tratar da exteriorização da irresponsabilidade, do orgulho, da maldade, e
da falta de caridade para com o semelhante.
Há de se ponderar ainda sobre a intenção do crítico, se
não tem a intenção de denegrir ou magoar, pode até ter alguma atenuante no seu
procedimento, mas é preciso considerar que nunca se sabe a proporção do impacto
causado no semelhante, que nem sempre recebe de maneira amigável, embora muitas
vezes deixe transparecer isso até por educação, mas que pode carregar consigo a
mágoa camuflada por muito tempo.
Por outro lado, a crítica quando “construtiva”, deve
ser feita, mas sempre com moderação, com uma intenção útil, e nunca no sentido de
denegrir ou prejudicar, como nos ensina o Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap.
X - 19), porque quando bem intencionada a crítica traz sempre orientação e
esclarecimento, acompanhada do desejo de
progresso para o próximo.
Nelson Nascimento
e-mail: nelson.nascimento1@yahoo.com.br
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