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Como enfrentar a violência


“Bem aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra” (Mateus, cap. V, v. 4.).
Nestes dias estamos vivendo o impacto da violência inconcebível do massacre de jovens estudantes em uma escola no Bairro de Realengo, no Rio de Janeiro.
Estamos em um momento de crise ante a dramaticidade da violência e a resposta adequada a ser dada a ela.
Em termos pessoais poderemos reflexionar.
Nos momentos de crise deveremos procurar sentir Deus.
Se nos calarmos ante o impacto do momento, teremos a calma para a resposta de forma adequada ante o agressor.
Se buscarmos a humildade, isto é definir nossas possibilidades e limitações, teremos o rumo mais seguro para nossas ações.
Se nos esforçarmos para exercitar a paciência, isto é o estado mental de tranquilidades, tomaremos decisões importantes com mais sabedoria.
Se pudermos exercitar o perdão, entenderemos o agressor em suas dificuldades e desequilíbrio e agiremos, se possível, para ajudá-lo de forma adequada.
Se estamos passando por uma provação, procuremos compreender as circunstâncias que a geraram e os possíveis objetivos para suportá-la de forma adequada e construtiva para o nosso “eu” e daqueles que conosco nela estejam envolvidos.
Se não desanimamos ante os empecilhos e prosseguirmos em nossas ações positivas, produziremos as energias espirituais e mesmo hormonais para o bem estar que nos possibilitará realizações para ampliar a felicidade.
Se não nos fixarmos no lado negativo, com raciocínio e bom-senso, com pensamentos, palavras e atos edificaremos o bem para nós e para o próximo.
Se nos submetermos a sacrifícios, saibamos compreender, dentro dele, os limites dos mecanismos da exploração e da ajuda real a fim de que efetivamente ele seja produtivo.
Se nos momentos de crise conseguirmos sentir Deus, poderemos conectar com as forças superiores que existem em nós e no Universo.
Pela perspectiva social é necessário pensarmos e desenvolvermos ações que produzam, preventivamente, uma cultura de paz!
Infelizmente, o que vemos hoje é, desde muito cedo, a criança, que é o futuro, ser induzida e introduzida ao horrível circulo da violência, através de joguinhos eletrônicos onde o objetivo é sempre “destruir o inimigo” para avançar para o estágio seguinte e, então, ser vitorioso.
As práticas dos esportes, muito adequadas à juventude, impõem a necessidade de “vencer o outro”, seja no esporte individual, como o tênis, ou coletivos quais o futebol, vôlei e basquete.
Nas novelas e filmes, cada vez mais violentos e “detonadores de valores morais”, o mal vence até o último capítulo ou cena e, mesmo assim, já há aqueles em que vilãos e vilãs saem “vencedores” lançando um sorriso de desafio ao estupefato espectador.
A sociedade precisa deixar de estimular e cultivar a violência substituindo-a por ações de uma cultura de paz, que inicie com as crianças, se fixe nos jovens e seja constante exemplo dos adultos.
A paz não será imposta pela força da lei, mas pelo cultivo da justiça, da fraternidade, da solidariedade veiculadas, sobretudo, pela educação e por condições sociais e econômicas mais justas para todos.
Aylton Paiva é estudioso da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).
Obs.: Artigo publicado em 15/04/2011, no Jornal Correio de Lins

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